Me senti obrigada a ressuscitar o blog só pra contar da minha última viagem onde realizei o sonho de conhecer a Tailândia e a loucura de Bangkok. Tive apenas dois dias pra conhecer a cidade e quero voltar lá pra ficar mais dias e ir pra todas aquelas praias lindas. Fica a proposta pras amigas irem planejando ano que vem! É uma viagem perfeita pra fazer com amigos, pois Bangkok é aquilo tudo que aparece no filme “Se beber não case 2” e muito mais. Se você mantém os planos abertos e a mente curiosa pra explorar tudo de exótico do país, as coisas acontecem espontaneamente e despretensiosamente. E essas são as melhores viagens!
Bangkok tem compras, comida, sabores, bebidas, templos, budas, tuk tuk, trânsito, caos, sujeira, lixo, pobreza, ping pong show, massagem, turistas, mochileiros, sorrisos, manga, melancia, água de coco, banana, temperos, comida de rua, amuletos, e um povo simpático e com sotaque e jeito engraçados. Yes, madame, Bangkok é aquilo que a gente pode chamar de exótico. Uma mistura de tudo, uma desordem que encanta. Não é a toa que tanta gente adora a agitação das cidades asiáticas e principalmente Bangkok. E há os que não gostam, naturalmente. Eu amei e vou contar o pouco que fiz por lá.
Eu tive estadia lá com o vôo mais longo da Emirates. A gente fica um dia em Bangkok, vai pra Sidney, fica três noites lá e volta pra mais um dia em Bangkok. São 8 dias de viagem, trabalho e diversão. Na primeira noite chegamos à noite, saímos pra jantar perto do hotel e depois pra Khaosan Road, onde tem bares e era o único lugar que estaria aberto num domingo à noite. Fomos de tuk tuk, claro. Tuk tuk é um carrinho típico asiático, ótimo meio de transporte no trânsito caótico dessas cidades. Tinha andado em um em Jakarta e os de Bangkok são tipo uma Mercedes comparando com Jakarta! Os motoristas de tuk tuk geralmente são uma atração à parte. Malucos. Completamente malucos. Dirigem como loucos, sorriem e riem o tempo todo, com uma boca faltando metade dos dentes. Quando falam inglês mal dá pra entender e quando não falam, é sempre uma surpresa onde você vai parar. Não dá pra saber se ele sabe onde está te levando ou não. Quando falo que sou brasileira a resposta deles é imediata: futebol, Ronaldo. E eles são malandros, podem te levar pra outros lugares antes se você não souber negociar. Enfim, fomos conferir a noite na Kahosan Road. Achei a rua pequena, não sei se estávamos no ponto certo ou porque era domingo à noite. Depois de uma Singha (cerveja local), fomos levados pela espontaneidade do momento e pelo espírito aventureiro e seduzidos por um tailandês que começou a nos oferecer uma visita pra um ping pong show. Eu sei que é bizarro, mas tinha muita curiosidade de ir em um. Negociamos o preço e lá fomos nós, eu, uma inglesa e um menino gay da Bósnia, em mais um tuk tuk até o tal do ping pong show, “number one in Tahiland”, de acordo com o motorista. Pagamos mil Bahts, cerca de R$60,00 pela entrada dos três e com uma cerveja cortesia. Pra quem nunca ouviu falar, ping pong show é tipo um circo erótico. Mocinhas tailandesas atiram bolinhas de ping pong e muito mais por aquele lugar onde saem os bebês. Isso mesmo. Pra você ter uma idéia, esse era o “menu” do lugar.
E elas fazem tudo isso. É bizarro, não tem como descrever. A “casa de shows” é um lugar abafado com um pequeno palco onde as mocinhas dançam. Sentamos em frente ao placo e estava começando a atração do ping pong naquela hora. Não sei se devo entrar em detalhes aqui, porque pode ser meio assustador pra algumas pessoas. Eu mesma passei algumas horas após o “espetáculo” meio traumatizada e chocada de ver tanta coisa entrando e saindo de dentro daquelas meninas. Elas eram todas feias, com exceção de uma. Magrinhas, pernas curtas, sem peito e bunda, pneuzinho na cintura. Não tinham expressão alguma quando faziam o show. Entravam no palco, faziam uma dancinha sem graça segurando-se no pole, tiravam a calcinha e começavam a bizarrice.
Pra ler o próximo parágrafo desligue seu “nojômetro” e qualquer outro “ômetro”. Ou não leia se não quiser ouvir coisas estranhas e bizarras.
Eram metros de fitas com bolinhas de metal que saim de dentro dela, uma abriu uma garrafa de coca cola, outra “bebeu” água e “devolveu” um líquido preto, uma que parecia uma traveca atirou uma banana, a mais bonitinha escreveu um carta e desenhou um coração, outra apagou uma vela e fumou 3 cigarros… e a parte mais engraçada/tragicômica foi quando ela estourou um balão. A tailandesa pediu pra alguém da plateia segurar um balão e a voluntária estava justamente ao meu lado. Ela colocou tipo um dardo e lançava pra estourar o balão. Na terceira tentativa ela conseguiu estourar e sabe onde o bendito balão foi cair? Em cima da minha cerveja! Obviamente não tomei mais. Pedi uma nova e eles não me deram, alegando que “it was na accident”, com aquele sotaque típico. Depois de vários showzinhos bizarros, a parte final foi ainda mais chocante. Era um mocinho e uma mocinha dessa vez. E eles fizeram uma coreografia na nossa frente. Sem mais. Não vou dar muitos detalhes disso! Uma atração à parte era observar a reação das pessoas. Tinha um rapaz do lado oposto do palco que estava literalmente de queixo caído. As pessoas ou riam ou ficavam abismadas. Poucos observavam como que se estivessem assistindo a um teatro, sérios e atentos. Tinha tudo que é tipo de gente. Turistas, casais, árabes, indianos, mochileiros, meninas, meninos, gays. É bizarro, muito bizarro, mas é tipo uma atração turística em Bangkok e eu não poderia perder!
No dia seguinte tinha planejado ir ao Grand Palace, mas estava tão cansada e morrendo de preguiça e resolvi dormir até mais tarde. E fiz a escolha certa, pois o templo estava fechado naquele dia, pois alguém da família real tinha morrido. Dei uma volta ao redor do hotel e me deparei com uma feira de rua, com várias roupas fofas e bonitinhas. São super baratas e moderninhas, só que com tamanhos pra asiáticas. Foi difícil achar alguma coisa que servisse em mim, mas achei! Depois disso fui relaxar com uma massagem. Aaaah, as massagens tailandesas. Eles são os melhores nisso, fazem massagem tão bem, usando os pés, braços, mãos e por um preço ótimo.
E assim foi minha primeira experiência em Bangkok. Deu pra sentir o sabor da cidade e ficar com um gostinho de quero muito mais. Pra minha alegria ainda tive mais um dia na volta de Sidney e por sorte era o útimo dia da celebração do Ano Novo Tailandês, que acontece do dia 11 a 15 de abril. Achei tão especial presenciar esse dia, pois a data e comemoração são completamente diferentes do que é pra nós. Eles basicamente saem às ruas pra jogar água um nos outros e pintar a cara com uma tinta que parece argila. Com o calor infernal que estava, foi algo refrescante e divertido!
Visitei também o templo Wat Po, onde tem uma estátua gigantesca de ouro de um buda deitado. Mas olha como turista desinformado e que confia em tuk tuk se dá mal. Pedimos pra ele levar a gente no Grand Palace, que é o maior e principal templo em Bangkok. Entrei no Wat Po achando que era o Grand Palace. Não vi a tal da famosa estátua do buda deitado e só descobri que fui no templo errado quando voltei pra Dubai. Mas de qualquer forma valeu a pena, pois a arquitetura e muito ouro do lugar eram impressionantes.
E pra finalizar, uma atração à parte e que eu não esperava foi o aeroporto de Bangkok. ENORME. E o duty free… meu buda de ouro! Tantação total! Tem tudo que é tipo de marca, até NARS e Shu Uemura que nunca tinha visto em duty free. E eu ainda tenho 20% de desconto… como não aproveitar, né? O duty free de Sydney também é gigante e cheio de coisas. Se estiver voltando de um desses lugares, reserve um bom tempinho pras últimas compras. Em 20 minutos que eu tinha antes de embarcar arrematei o blush Orgasm da Nars, shampoo delicioso da L’Occtane, o desejado sérum Visionnaire da Lancôme e dois produtos bem asiáticos e novos pra minha nécessaire: BB Clear Smooth da Maybelline e UV Base Mousse do Shu Uemura, que depois que fui descobrir, é um dos best sellers da marca. Ambos funcionam como um pré base com filtro solar e podem ser usados sozinhos também, pra um look mais natural.
Pra quem quiser dicas de Bangkok, dá uma olhada nos posts da Anna, do blog Finestrino.